Pontos de vista

16 dezembro 2018

O Burro do Presépio

Podia ter sido a mãe do Menino Jesus. Mas não fui. O pimpolho não quis. Recusou o papel. Em vez disso, quis ser… o burro! E pode dizer-se que até escolheu bem… o burro tinha um papel bem mais interventivo na peça. Aliás, o Menino Jesus foi apenas "elemento decorativo".
A história era de uma menina, a Maria, que estava a enfeitar a casa para o Natal com a sua mãe. Faltavam algumas peças e a Maria foi buscá-las ao caixote. A mãe, entretida nos seus afazeres, nem deu por nada. A Maria trouxe o burro, o anjo e a estrela. Reparou que estes enfeites lhe pareciam tristes, sem brilho. E os enfeites lá lhe explicaram que era por estarem arrumados o ano inteiro, sem ninguém lhes ligar nada.
A Maria resolveu que lhes iria arranjar um lugar bonito para o ano inteiro, longe da arrecadação. A estrela iria para o quarto da mãe, o burro para o quarto do seu irmão Nuno (que adora animais) e o anjo para o seu próprio quarto. E assim a Maria lá arranjou solução, deixando os enfeites muito felizes.
 
"Afinal pode ser fácil
basta dar mais atenção,
às coisas mais simples,
que nos enchem o coração"
 
cantou o coro de pequenos cantores.
Uma linda história a lembrar as nossas distrações fora da época Natalícia...
 
Na peça fui a mãe da menina Maria. Mas em casa, fui a mãe do burro do presépio.
Lá lhe fiz as orelhas, a fazer justiça à personagem… e até que ficaram bem!
 
[Se tivesse sido a mãe do Menino Jesus não tinha tido trabalho artesanal, e provavelmente não teria escrito este texto…]
 

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